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 votacao anistia

Quando a maioria ganha e a minoria leva. Votar com urgência uma anistia que não é anistia! É o Brasil que deve perdão aos presos!

Na última semana, grande parte do povo brasileiro comemorou o que parecia ser um passo importante e aguardado há anos: o requerimento para votar, em regime de urgência, a PEC da Anistia foi aprovado com 311 votos. Confesso que levei um susto. Pensei comigo mesma — e não tive coragem de dizer em voz alta para não parecer incrédula ou jogar um balde de água fria em ninguém:

“Como assim? Já foi votada e aprovada? Está bom demais para ser verdade. Tem coisa aí...”

E, infelizmente, eu não estava enganada. O que foi colocado em prática não foi exatamente uma  urgência para votar a anistia. Estão tentando mudar até o significado da palavra, pois não existe anistia que não seja ampla, geral e irrestrita. O que estão articulando é, na verdade, dosimetria de penas — não anistia. E, claro, para Bolsonaro, prisão perpétua se ele não validar e não assinar embaixo o nome do Tarcísio para candidato à presidente.  

O sistema que inventou o crime, que condenou e prendeu inocentes, agora quer barganhar diminuição de penas de crimes que eles sabem que não existem, em troca de apoio aos candidatos que eles querem no páreo em 2026. É mole ou quer mais? Em 2022, proibiram a vitória de Bolsonaro de várias formas, mas não conseguiram impedir que ele renovasse parte do congresso. Uma matemática que não bate. Bolsonaro foi o maior cabo eleitoral, elegeu governadores, deputados estaduais, federais, senadores e só não conseguiu se reeleger.

Em 2026, além de tirar Bolsonaro da disputa, jogando-o na Papuda, querem também impedir que candidatos ligados a ele disputem ao senado! Está claro para o mundo o plano urgente e que está sendo executado para exterminar um espectro político, com a desculpa de estar combatendo a polarização e o extremismo. O que querem de volta é aquela normalidade e "harmonia" de antes de Bolsonaro.

Hoje, alguém me disse: "convença-me a votar em Bolsonaro, pois não sou Lula, mas também não voto em Bolsonaro porque ele falou muita besteira." Eu fiquei pensando como alguém pode ser condenado pelo que falou e não absorvido e reconhecido pelo que fez, pelo que representou de verdade? Há tantos políticos que não apenas falam, mas fazem muita besteira e a maior delas é  nos roubar, quebrar a nossa economia, seguida de nos censurar! Esses são melhores do que Bolsonaro?

Jair Messias cumpriu a maior de todas as missões que foi acordar politicamente o povo brasileiro e é por isso que todos os candidatos querem o aval dele, pois ele conquistou o respeito da maioria da população que outros nunca tiveram.  Eu afirmo que o pais pode até melhorar momentaneamente com a saída do PT do poder, mas não resolverá seus problemas na essência. E, diante do quadro atual, não precisamos apenas melhorar, mas resolver os problemas da nação para, finalmente, sairmos dessa fase e crescermos! 

A fidelidade a Bolsonaro vai além de ser fiel a uma pessoa, mas é ser fiel e coerente com aquilo que ele representa. E quanto mais o fazem de refém, de objeto de chantagem, mais convictos estamos de que é ele a pessoa que tem condições de solucionar os problemas entranhados no Brasil. Não é apenas a esquerda criminosa que insiste em tirá-lo do caminho. É bem mais abrangente. São os que lucram com nossas mazelas e que, sem elas, passarão a ter prejuízos. Faria Lima  e PCC que o digam. 

O erro começou quando se passou a falar em “anistiar” presos que, na prática, não cometeram crimes. O que essas pessoas precisam não é de perdão, mas de justiça. Precisam ser libertas imediatamente. Afinal, sem crime, de que se pediria anistia? Anistiar seria reconhecer culpa por crimes que nunca existiram, crimes com nomes longos e sem qualquer conexão com a realidade — como “abolição do Estado Democrático de Direito”.

O nome “anistia” foi usado de forma equivocada por quem pediu, e agora perde de vez seu sentido. Se não deram justiça, também não darão anistia. Não querem reconhecer a inocência, nem oferecer perdão. E, enquanto isso, mães, avós, tios e filhos permanecem privados de liberdade, muitas vezes misturados com criminosos de verdade.

O Brasil errou ao normalizar os absurdos. Agora eles se avolumam como uma enxurrada, e já não há tempo nem de assimilar. A sensação é de que tudo está funcionando de forma completamente ilegal. Para sobreviver, a sociedade entra num estado de negação, de faz de conta, e seguimos a vida tentando ver até onde isso vai parar.

Paulinho da Força como relator? Uma piada. Na prática, o placar do “sim” não tem poder algum de mudar o cenário — apenas aumenta a desesperança de quem clama por socorro e de seus familiares. No Brasil atual, o que se cumpre é o que a minoria quer: "Anistia Não!" Democracia é mais um termo que perde o sentido e se torna lembrança distante do que já não existe.

O povo não manda em nada. Os poucos representantes que ousam falar pelo povo são calados, suspensos, cassados. Não há qualquer possibilidade de que uma anistia verdadeira parta das instituições brasileiras. Estas estão cegas pela missão de tirar Bolsonaro do páreo e, para isso, precisam sustentar a narrativa de “golpe” — em que nem eles próprios acreditam. Apenas repetem, se contradizendo a cada nova oportunidade.

De repente, quando a maior potência do mundo e o maior líder global resolvem apoiar a causa dos injustiçados, dos torturados e silenciados, aqueles que sempre ignoraram a soberania brasileira começam a falar de “defesa do país”. Na verdade, lutam apenas para salvar a própria pele e os cargos que ocupam. Com um STF que garante impunidade para eles, está tudo ótimo: eles mantêm os ministros, e os ministros os mantêm no poder. Chamam isso de “instituições” — e, se ousamos questioná-las, somos condenados sem piedade.

Essas instituições, manchadas de sangue inocente e injustiça, não têm nada a oferecer ao povo — apenas subtraem, oprimem, esmagam. Seus representantes defendem apenas os próprios interesses, seus planos pessoais, seu futuro político — nunca o futuro da nação.

Enquanto isso, inocentes seguem encarcerados, humilhados, ultrajados. E, em meio a tudo isso, eles continuam maquinando eleições, decidindo quem pode e quem não pode disputar o poder. Caciques partidários negociam nas sombras e sacrificam aqueles que realmente amam o Brasil. A sede de poder parece não ter fim, como se eles fossem imortais.

Eduardo estava certo: não havia qualquer possibilidade de resolver os problemas de dentro do Brasil. Está tudo dominado. Agora, ele é pintado como algoz, quando é vítima. Aqueles que amam o país e lutam por ele são tratados como obstáculos ao avanço de um sistema que quer destruir, dominar e escravizar o povo brasileiro para se apoderar de suas riquezas.

Este é o “crime” de Bolsonaro e de todos que estavam no 8 de janeiro — muitos dos quais nem sequer quebraram uma cadeira. O crime da direita é amar o Brasil e acreditar num futuro para esta nação. Para o sistema, amor à pátria é pecado mortal. É extremismo, retrocesso, e inviabiliza seus planos. Querem, no máximo, um “patriotismo controlado”. Apostam em políticos que possam “domar”, como Tarcísio. Aos que são indomáveis, resta esperar um milagre, uma intervenção divina — venha de onde vier.

Porque de dentro só vem hipocrisia, injustiça e ódio. No Brasil deles, apenas pessoas controladas por eles têm direito de falar, pensar, votar, escolher, existir. No Brasil real, eles não desistirão de calar, exterminar e destruir os que ousam resistir.

Os anistiados de 1979 foram libertos de crimes reais. Hoje, os que gritam “sem anistia” o fazem contra pessoas acusadas de crimes inventados. Nem mesmo a dosimetria das penas se cogita para essas vidas — que poderiam ser seus pais, avós, irmãos — e que são descartadas sem remorso.

O país segue descarrilhado, enquanto ministros brincam de superpoderosos, num jogo perigoso que pode custar a alma da nação. O Brasil tem um homem que desestabilizou tudo e que tenta ser a personificação da lei — e por isso não haverá pacificação, libertação ou anistia. Tiranos nunca recuam. Com apoio da mídia e do Congresso, o torturador segue seu curso e só o trono do Justo Juiz poderá socorrer o Brasil.

Diante de tantas injustiças, a esperança parece se esvair. Mas a fé de que Deus ainda é brasileiro nos faz levantar todas as manhãs, mesmo em meio a esse caos político, jurídico e moral.

Adriana Garcia

Jornalista na Amazônia

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