Aqueles que o sistema quer tirar do páreo são os que têm a solução definitiva para um novo e pujante Brasil
O ano de 2026 ainda não chegou, mas politicamente ele já está se desenhando. Não temos qualquer garantia de que haverá eleições — e, se houver, se serão realmente limpas, com voto auditável e contagem pública. Ainda assim, não custa sonhar. Até porque, se não houver eleições, o regime atual será definitivamente consolidado, com pouquíssimas chances de reversão. O Brasil se tornará, de direito, aquilo que já é de fato: um Estado dominado por narcotraficantes, uma ditadura sem precedentes na história das Américas.
Tudo o que hoje tememos ao observar a tragédia de outras nações pode parecer pequeno diante do que nos espera. Afinal, como o próprio Lula disse há quatro décadas, o comunismo seria estabelecido no Brasil “de acordo com a cabeça do brasileiro”. Isso traz alívio ou medo? Para mim, dobra o medo, pois o brasileiro consegue ser intenso em tudo. E essa intensidade pode transformar a ditadura brasileira em uma das mais cruéis já vistas no planeta.
Mas, como sempre digo, se Deus tiver misericórdia de nós e no próximo ano voltarmos a um mínimo de normalidade democrática, com Bolsonaro candidato em um pleito limpo — em que a maioria realmente decida o futuro do país —, quero deixar aqui algumas ponderações.
Hoje ninguém pode alegar desconhecimento. Depois de tudo que veio à tona nos últimos anos, especialmente nos últimos meses, está claro contra quem estamos lutando: um sistema que se movimenta entre direita e esquerda, que ora melhora, ora piora o país, mas que sempre preserva a si mesmo. Um sistema que nunca teve e jamais terá interesse em resolver os problemas do Brasil. E quem ousa não se curvar a ele, inevitavelmente será perseguido, independentemente de ideologia.
Nesse cenário, apenas homens e mulheres corajosos poderão se alistar para lutar e construir um Brasil livre, próspero, autônomo e soberano. O sonho do sistema é que o país “volte ao equilíbrio”, que saia da “polarização”. Mas o que isso significa, na prática? Que apenas candidatos aprovados por ele possam concorrer. A verdadeira farsa não está apenas nas urnas, mas começa muito antes, na lista de quem pode ou não disputar. É como uma lista tríplice escolhida pelos que realmente mandam. E, no fim, pouco importa quem vença: o sistema permanece intacto, e o Brasil segue preso ao patamar do eterno subdesenvolvimento.
Sempre digo: precisamos identificar quem lucra com os problemas do país. Pois esses jamais terão interesse em solucioná-los. Cada crise, cada falência, cada dívida é lucro para bancos e elites financeiras. Se o povo prospera, eles perdem sua principal fonte de enriquecimento. Por isso, as crises são mantidas vivas — algumas medianas, outras grandes, mas nunca a ponto de desestabilizar o próprio sistema.
É nesse ponto que surge a figura dos “paliativos”. Quando a esquerda ultrapassa o limite da destruição, o sistema mesmo promove a “direita moderada”, “equilibrada”, a direita permitida — que melhora temporariamente o país, mas jamais resolve os problemas estruturais. É o eterno retorno das soluções parciais que servem apenas para manter a engrenagem girando.
A verdadeira polarização não é entre direita e esquerda, mas entre sistema e antissistema. Bolsonaro se tornou o maior líder popular do Brasil justamente porque não se encaixa na cartilha do sistema — e por isso querem tanto calar as redes sociais, que foram o instrumento de sua ascensão.
Agora, diante de 2026, precisamos decidir: queremos apenas um paliativo ou queremos, finalmente, construir um Brasil livre, que coloque o interesse do povo acima da elite que controla tudo?
Se o processo eleitoral for controlado pelo sistema, seja pelo TSE, seja pelas próprias urnas, a farsa continuará. Se candidatos do sistema defenderem “liberdade nas redes” ou até “voto auditável” e tiverem êxito, restará ao povo aceitar que ele mesmo optou por continuar escravo de paliativos, enquanto os problemas permanecem. O mínimo que precisamos é garantir que o destino do país seja fruto da escolha da maioria.
Hoje, concorrem à vaga de “representante da direita” nomes que se opõem ao governo atual — ilegítimo, corrupto, sustentado pela ditadura do judiciário e responsável por um caos econômico maior que durante uma pandemia ou guerra. São os governadores Caiado, Zema, Tarcísio e Ratinho Junior. Bons gestores em seus estados, pragmáticos, mas, no fim, candidatos permitidos pelo sistema. Eles não farão do Brasil uma grande nação. Querem apenas os eleitores de Bolsonaro e, se eleitos, atenderão aos interesses do sistema.
Eles sabem que, se houvesse eleições limpas em 2022, Bolsonaro seria hoje presidente e o Brasil estaria avançando em diversas áreas. Sabem que ele foi o melhor presidente da nossa história, mesmo enfrentando quatro anos de ataques incessantes. Sabem que o processo contra ele e seus apoiadores é uma farsa e a maior injustiça já vista. Só isso bastaria para exigir a sua volta e lutar por ela — mas fingem demência, como se o problema fosse apenas Lula e eles seriam a solução.
A verdade é simples: a única pessoa capaz de comandar o Brasil e transformá-lo em uma grande nação, com mudanças profundas e definitivas, é Jair Messias Bolsonaro. Nenhum dos paliativos quer Bolsonaro livre e elegível.
Portanto, não lutamos apenas contra uma esquerda corrupta e ditadora, mas também contra uma direita oportunista que se apresenta como “moderada solução”. Se não compreendermos que o verdadeiro embate é entre sistema e antissistema, continuaremos sendo massa de manobra, descartando nossos “Enéias” e suportando nossos “Lulas” — porque acreditamos que o paliativo resolveria o momento, sem perceber que ele é parte do problema que nos aprisiona há décadas ou até há séculos.
Adriana Garcia
Jornalista na Amazônia
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