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O mais importante acordo das últimas décadas pregou uma peça no globalismo ocidental europeu, desarticulou o globalismo asiático e adiou seus planos de governo único mundial.

Em entrevista, o psicólogo e analista de comportamento humano e geopolítica Augusto Mortensen afirmou que o dia 15 de agosto de 2025 representou um divisor de águas no cenário internacional, que até então era controlado pelo globalismo de três cabeças: Ocidental, Asiático e Terceiro Mundista.

Segundo ele, desde a posse de Donald Trump em sua segunda presidência dos Estados Unidos, mudanças profundas vêm ocorrendo e atingindo não apenas o país, mas também a Europa e toda a estrutura geopolítica mundial.

“Trump, até aqui já havia alterado o tabuleiro global em menos de seis meses de governo, mas no dia 15 de agosto ele promoveu um choque inesperado, que ninguém havia previsto”, destacou Mortensen.

Quem é Trump na visão de Mortensen

Para contextualizar sua análise, Augusto descreveu a trajetória do ex-presidente americano:

“Trump é um estrategista nato, surpreendendo até os que mais o conheciam no mundo empresarial e dos investimentos imobiliários. Seu estilo agressivo e ousado sempre chamou atenção, mas o que ele está mostrando agora neste ano ultrapassa a lógica dos negócios: há uma inteligência estratégica, quase de cunho espiritual, guiando suas decisões”, afirmou.

O analista lembra que Trump construiu sua imagem como negociador de alto risco, utilizando a herança do pai para expandir empreendimentos imobiliários, passando por momentos de quase falência, mas sempre se reinventando e se reerguendo de modo criativo.

O caso de Nova Iorque nos anos 70

Mortensen citou a experiência de Trump em Nova Iorque como exemplo de sua capacidade de transformação.

Na década de 1970, a cidade vivia uma explosão de criminalidade, corrupção e decadência urbana.

“Imóveis estavam desvalorizados, prefeitos e governadores eram comprometidos com a máfia. Trump enxergou nisso uma oportunidade de bons negócios integrada a recuperação social: comprou prédios a preços baixos, reconstruiu e modernizou a cidade, arriscando empréstimos vultosos. Dessa forma, ajudou a transformar Nova Iorque em um dos metros quadrados mais caros do planeta”, explicou.

Segundo Augusto, Trump tinha habilidade de negociar até com setores dominados pela máfia, como em Las Vegas, mas isso sem se corromper:

“Ele conseguia ser interessante para a máfia sem se tornar parte dela. Ganhava dinheiro limpo em meio ao ambiente mais sujo. Essa é a genialidade dele.”

“Ele sabe transformar crises em oportunidades e criar valor onde todos só enxergam ruína em terreno degradado, aparentemente condenado, infértil e irrecuperável. É como a metáfora da flor de lótus: consegue gerar beleza e pureza no meio do pântano”, resumiu.

Para Mortensen, as mesmas estratégias que Trump utilizou para reconfigurar Nova Iorque, ele está agora aplicando para reconfigurar o mundo.

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Trump drenou o pântano em Nova Iorque e a sua experiência comercial está sendo aplicada com proporções mundiais. O seu estilo impresso em Nova Iorque agora está sendo impresso fora dos EUA.

Uma visão 150 anos à frente

Na visão do analista, Trump possui uma percepção global incomum. Seus negócios internacionais, inclusive em Moscou e na Ucrânia, lhe deram conhecimento direto da geopolítica mundial de modo amplo, sem desprezar o seu conhecimento nos fatores regionais de todos os países com quem já negociou antes.

Trump queria “drenar o pântano” em seu primeiro mandato, mas descobriu que seria necessário drená-lo em escala global. Não seria possível salvar apenas os EUA sem enfrentar ao mesmo tempo o sistema mundial.

Para Mortensen, esse sistema é uma "seita esquerdista" por trás do globalismo, formada por três blocos que competem entre si como adversários, mas que trabalham pelo mesmo objetivo final de dominação mundial:

  • Globalismo Ocidental – movido pelo poder do dinheiro e do hedonismo mundano.
  • Globalismo Euroasiático – movido pela influência da tirânica ideologia política comunista.
  • Globalismo Islâmico – movido pela perspectiva da teocracia da religião muçulmana.

Todos têm em comum, segundo ele, um inimigo principal: os valores ocidentais cristãos e o conservadorismo.

Do fim da Guerra Fria à era Biden

Para compreender o impacto do encontro de Trump com Vladimir Putin, Augusto resgata uma revisão histórica:

  • Guerra Fria: divisão entre EUA e União Soviética.
  • Esquerdismo: o indivíduo como produto do coletivo.
  • Conservadorismo: o coletivo moldado pela ação individual.

Segundo ele, o Marxismo em todas as suas formas de Esquerdismo (Comunismo, Socialismo, Nazismo e Fascismo), é o maior inimigo do cristianismo e em suma é inimigo de Deus.

“Para o conservadorismo cristão, o ser humano, enquanto indivíduo, tem valor intrínseco, absoluto e divino, que como um diamante bruto deve ser lapidado por Deus para se tornar uma jóia de beleza rara. Jóia esta que irá ser incorporada à sua Obra Divina da construção de uma sociedade humana, uma divina Coroa com cada jóia em seu devido lugar embelezando e compondo a harmonia do todo do conjunto. Esta seria a Cidade de Deus comentada por Santo Agostinho".

"Para a esquerda, tudo é manipulável, moldável e relativizável, sem qualquer valor próprio, como o barro molhado ou a cera derretida: a moral, a família, e até a alma humana, (pensado assim por esta doutrina esquerdista) em nada são definidas ou são fixas e eternas. Daí sua obsessão em controlar os instrumentos da sociedade para impor uma Nova Ordem Mundial planejada para um dito novo homem moderno”.

Capitalismo x Comunismo

Mortensen resume a contradição central da nossa época:

  • Capitalismo: o indivíduo é motor da sociedade, premiado por sua criatividade e iniciativa asumindo riscos em seu empreendimento, que opera dentro da liberdade proporcionada pela sociedade ocidental, que protege a propriedade privada, a liberdade de expressão, a supremacia do indivíduo sobre o Estado e o direito de se defender de acordo com os princípios do Direito Romano e dos Valores Morais, Éticos e Espirituais Cristãos.
  • Comunismo: o indivíduo é reduzido a uma engrenagem obediente do Estado, que ocupa o lugar de Deus, dentro de uma sociedade sem liberdade, sem expressão livre e sem propriedade privada, um escravo que não tem sequer a posse de sua própria vida, sem auto-determinação sobre si mesmo, sem vontade própria e sem qualquer direito de se defender, submetido e sujeito ao poder do "Coletivo" representado pela Elite Dominante de um Partido Único Central.

Segundo ele, a queda do Muro de Berlim não acabou com o comunismo; apenas o espalhou como metástase.

Drogas como instrumento de dominação

Mortensen também destacou que o narcotráfico foi incorporado ao projeto comunista como forma de enfraquecer povos e governos. Para ele, o PCC e o CV são braços do projeto político da esquerda, alimentados por décadas de permissividade e alianças escusas.

Uma visão apocalíptica

O analista comparou a trajetória da humanidade ao sonho de Nabucodonosor, no livro de Daniel, interpretando cada material da estátua como fases da civilização (bem como da própria divisão interna de todas as sociedades humanas, em castas ou classes em sentido vertical de estrutura) – do Ouro (realeza e espiritualidade), da Prata (nobreza e valores morais heróicos da força militar), do Bronze (aristocracia comercial ou oligarquias econômicas em materialismo cultural), do Ferro (plebe, servos e trabalhadores em hedonismo mundano) ao barro (sociedade escravizada e instintiva sem cultura e sem moral).

"A profecia de Daniel ao Imperador se reflete na história humana pela supremacia moral e política de cada uma destas castas sobre a centralidade do poder, na evolução das sequentes sociedades humanas no correr do tempo. A variação é patente dentro desta degradação dos valores no modo como a sociedade humana foi sendo governada. Hoje vivemos a transição do modo mais ou menos rígido do "poder do mais forte", da força bruta, ou do mais bem armado pelo ferro e dirigido pelo hedonismo, para o modo "trabalhista", "coletivista" da "democracia" da ditadura dos escravos (ditadura do proletariado) conduzidos como gado para o matadouro. Estamos nos pés de barro misturado com ferro, em que parte do mundo vive sob baixa moral, ética e espiritualidade do hedonismo mundano por um lado, e a bestialização do humano pelo comunismo tirânico sem qualquer valor moral e ético definido ou fixo e com a espiritualidade zero do ateísmo materialista puro pelo outro lado. E sendo que os pés são dois, temos um mundo fragmentado e dividido em grupos hegemônicos".

Segundo ele, o mundo está vivendo a fase final: em direção da inversão completa de valores, com o projeto comunista da ditadura do proletariado avançando de braçada. A cabeça estava mais próxima do Céu representando Deus, enquanto os pés estavam assentados sobre a terra inculta, desértica e bruta, o mais distante do Céu, portanto mais próximo do Inferno nas profundidades da terra. 

Trump e Bolsonaro: pontos fora da curva

Mortensen defende que as vitórias de Trump (EUA, 2016 e 2024) e Bolsonaro (Brasil, 2018) interromperam em parte o avanço globalista. Por isso, ambos são perseguidos com intensidade.

“Eles não estavam no script. Para o globalismo, precisam ser tirados do jogo de qualquer maneira.”

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Tirar Bolsonaro do cenário era e ainda é um plano que vai além de questões partidárias e extrapola as fronteiras do Brasil.

A geopolítica do ouro e das riquezas

Mortensen destacou que Trump compreende a centralidade do ouro e dos recursos naturais como forma natural histórica do domínio das sociedades. Assim também estes são importantes para a nova ordem mundial globalista.

Para ele, a China e o Irã estão avançando sobre a Amazônia e outras regiões justamente porque sabem que o poder global depende do controle desses recursos, que incluem as novas tecnologias baseadas em mineração de Terras Raras e a Inteligência Artificial, as duas completamente dependentes do terceiro ponto central que é a produção monumental de energia.

“Trump está repetindo o que os antigos impérios faziam: busca hegemonia através do comércio e da posse do ouro. Ele quer devolver ao dinheiro um lastro real do Padrão-Ouro sólido para substituir o sistema atual de Moeda Fiduciária baseado em dívida volátil e virtual simbólica, sem fundamentação na realidade material.”

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Trump prometeu drenar o pântano dos EUA e precisava fazer isso no mundo. Por isso, ele também quase foi assassinado.

O encontro histórico de 15 de agosto de 2025

Segundo Mortensen, o encontro entre Trump e Putin não foi apenas diplomático, mas o início de uma antítese da nova ordem mundial globalista. Foi mais um encontro para fundar acordos comerciais e empresariais do que para favorecer uma paz na Ucrânia. "Numa só tacada Trump dividiu a cabeça asiática do globalismo comunista e neutralizou a cabeça do globalismo ocidental financista, deixando a cabeça teocrática do globalismo islâmico a ver navios, pois a Rússia tem muito poder sobre o Oriente Médio revolucionário e antissemita".

Trump ofereceu à Rússia uma aliança comercial trilionária, desviando-a da guerra na Ucrânia e colocando-a sob sua influência, isolando assim tanto a China quanto a Europa Ocidental. Com certeza, estava na mesa também, a Rússia não interferir na ação que os EUA estão fazendo na Venezuela e que se estenderá à toda a América Latina, inclusive sobre o Brasil.

"O objetivo dessa ação é arruinar o complexo narcotraficante internacional, o principal financiador da Esquerda Partidária em todo mundo. Os alvos são o Foro de São Paulo, as FARCs, o ELN,  as milícias revolucionárias terroristas, além de todos os Carteis de Drogas Latinos e da América Central, e por consequência de seus satélites ligados ao Hezbollah, Hamas e outros do Oriente Médio. Trump pretende cortar o mal pela raiz direto no cultivo e produção de base das drogas".

"De quebra estará destruindo o contrabando de Ouro, Prata, diamantes, pedras preciosas, Urânio, água potável e outros recursos minerais, biodiversidade, madeira de lei, tráfico de órgão e pessoas, prostituição de crianças, contrabando de armas e munições, extração e mineração ilegal de potencias estrangeiras, entre outros".

O impacto espiritual

Mortensen ressaltou que o embate não pode ser visto apenas como político ou econômico:

“O que estamos vivendo é uma guerra espiritual entre luz e trevas, entre liberdade e opressão, entre cristianismo e comunismo.”

Ele afirma que a Igreja cristã tem papel fundamental nesse processo e que a neutralidade dos líderes religiosos favorece a expansão do inimigo.

O Brasil no tabuleiro

Na visão de Mortensen, o Brasil está no centro da disputa global por suas riquezas, território e posição estratégica.

Trump busca proteger o nosso país da China porque entende que, se Pequim dominar o Brasil, dominará toda a América Latina — e isso colocaria em risco os próprios EUA.

“O Brasil é um gigante adormecido, mas se não assumir postura firme, será apenas colônia extrativista a serviço de outros, como tem sido, na prática, durante seus 500 anos, através de seus líderes subornados. Somente Bolsonaro tem a visão e a coragem de conduzir o país no sentido de preservar sua liberdade e protagonismo"

Para Augusto, o momento delicado da história humana, faz das eleições de 2026 não apenas um pleito, mas uma decisão que pode fortalecer as ações de Trump nessa desintegração do plano de governo global. "Trump sabe da importância da condução de Bolsonaro à frente do Brasil e do risco que ele é ao sistema globalista, o que explica tudo que estão fazendo contra ele. Para isto, Trump tem planos para conseguir a elegibilidade de Bolsonaro além de, é óbvio, conseguir o Voto Auditável para o ano que vem, assim como de enviar emissários estrangeiros norte-americanos e europeus para vigiar a apuração dos votos, para evitar o que houve na Venezuela de Maduro".

"O encontro de Trump e Putin em agosto de 2025 é um marco histórico. Acredito que a vitória de Trump representa um tempo extra dado por Deus à humanidade para decidir de que lado da história ficará: a favor da liberdade cristã ou da submissão ao projeto globalista e comunista".

Adriana Garcia

Jornalista na Amazônia

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