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 premio expo

Título de Embaixador da 54ª Expofeira reconhece o trabalho de quem ajuda no desenvolvimento em diversas áreas da sociedade.

Como já é tradição, a empreendedora Ana Carolina Amaral — reitora da Universidade Cidade Verde (UCV), diretora-geral da Escola Técnica Francesa e representante da ONU para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) — promoveu mais uma noite de reconhecimento na 54ª Expofeira de Macapá.

O evento, realizado nesta quinta-feira (04), celebrou personalidades engajadas em projetos sociais, culturais, literários, empresariais e educacionais, que receberam o título de Embaixadores da Expofeira.

Jovem escritora inspira plateia

Entre os destaques da noite esteve a escritora mirim Neila Fernanda, aluna da Escola Estadual Maria Angélica, que compartilhou sua experiência com a escrita.
Ela revelou que começou a escrever para alegrar os amigos, mas o projeto tomou proporções maiores.

“Eu comecei a ler livros há três anos, fui subindo os níveis dos livros e me apaixonei por três temas: adrenalina, romance e fantasia. No meu livro, decidi unir os três”, contou.
Seu livro “Sombras entre nós” ainda não foi lançado.

premio escritora

"Como dança, canto e a pintura, a escrita também salva muitas pessoas". escritora Neila Fernanda.

Reconhecimento à dedicação e impacto social

Para Ana Carolina, o prêmio simboliza o valor do trabalho de cada homenageado:

“Este reconhecimento é um testemunho do esforço, dedicação e paixão que todos demonstram em prol da cultura, da economia e do desenvolvimento local. Que essa homenagem inspire ainda mais valorização de nossas tradições e potencialidades.”

Homenageados da noite

  • Intercelere Tecnologia da Educação – primeira homenageada, pela oferta de soluções inovadoras e sustentáveis para a educação de qualidade.
  • Professora Valda Nascimento de Oliveira de Barros – coordenadora estadual do movimento ODS/ONU no Amapá, reconhecida como ativista socioambiental.
  • Rozi Araújo – ativista que desenvolveu, em Bailique, uma tecnologia própria de dessalinização da água, levando água potável às comunidades ribeirinhas. Seu projeto foi um dos contemplados para ter um stand durante dois dias na COP 30 em Belém. Ela espera receber financiamento externo para poder expandir o acesso à água potável para mais comunidades da região amazônica.
    Rozi emocionou a plateia ao relatar: “Já imaginou pessoas de 70 anos que nunca tinham bebido água potável? Quando vejo isso, volto para casa me sentindo como quem ganhou na Mega-Sena.”
  • Iranei Lopes Oliveira, secretário de Inovação de Santana – homenageado pelo projeto de bioeconomia que transforma caroços de açaí em carvão ativado para purificação de água. “Sou ribeirinho do Anajás e sei da dificuldade de tomar água de qualidade. Quando eu entrei nesse projeto, achava que era só mais uma micro extração e só entendi o impacto quando ele apareceu no bom dia Brasil, pois nós estamos trabalhando com produto orgânico, não é um produto qualquer. É sustentabilidade, inovação e dignidade”.
  • William Rocha Silva, do programa Rei do Rio (TV Record) – reconhecido pelo incentivo à pesca esportiva, que promove o turismo sustentável e gastronomia amazônica. Ele agradeceu a iniciativa da reitora: “ O que Ana Carolina faz é muito engrandecedor, pois ela reconhece trabalhos que, às vezes, a gente  não vê tanta divulgação, não se ouve, são trabalhos incríveis que as pessoas não ficam sabendo".
  • Annie de Carvalho – poetisa que resgata a poesia lírica histórico-geográfica da Amazônia, levando oficinas às escolas com um projeto que foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo. Ela falou da importância desse despertar para a autovalorização de ser amazônida: “Nós somos quem somos a partir de onde? Nós somos a partir da nossa terra, da nossa Amazônia. Essa é a nossa territorialidade. O mundo ama e se encanta com a Amazônia. E porque nós, que moramos aqui, muitas vezes não temos essa sensibilidade, esse valor agregado à nossa identidade, ao nosso pertencimento histórico sócio territorial?

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"Levo esse resgate e valorização histórico territorial através da poesia, uma linguagem acessível a todos”. Annie de Carvalho.

  • Girlene Picanço Chucre – ativista social que atua há mais de 10 anos pela oferta de água potável às mulheres ribeirinhas.
  • Elissandro Lopes de Araújo – defensor da Educação Profissional como ferramenta de dignidade e transformação social. Ele falou de sua angústia em ver tantos jovens que não trabalham e nem estudam, e vivem sem sentido: “O que nós fazermos nos define e nós temos uma juventude que está esvaziada desse  sentido. A melhor maneira de avançar com isso é dando uma profissão, um fazer para essa população que tem tudo a ver com o desenvolvimento social e econômico, especialmente agora  nessa nova fronteira que o Amapá vive, que necessita de muita mão de obra e me espanta o número de jovens no desalento".
  • Ana Cristina Tracaioli – escritora, poeta e comendadora, reconhecida nacional e internacionalmente por sua atuação na literatura e incentivo a novos escritores.
  • Regina Holanda – servidora pública e comendadora, parceira da UCV, com trajetória premiada.
  • Eliane Monteiro Pinheiro – economista, empreendedora e educadora financeira, com impacto direto na vida de mulheres que iniciaram negócios após suas palestras.
  • Vanda Pororoca – líder comunitária indígena, desenvolvedora de um bio purificador de água natural após sete anos de pesquisa, hoje transformado em startup. Vanda contou um pouco da sua história: 

    “Eu vim da mata, vivia como um bicho que não sabia de nada. Recebi ajuda de pessoas. Sou uma mulher indigena que fui parar numa região ribeirinha e lá eu me instalei. Como indigena guerreira nunca desisti de lutar pela minha comunidade e de levar o melhor para ela. Eu sempre soube que o melhor começava com água,  porque água  é vida.

    Ela também explicou que desenvolve um trabalho com empreendedorismo para as mulheres ribeirinhas que estão dentro da mata como ela estava. “Essa visibilidade que estou tendo hoje, amanhã eu vou mandar as fotos para elas, para que elas também acreditem que podem ganhar um prêmio como eu” disse emocionada.

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"Vou mandar fotos para as mulheres indigenas como eu, para que elas acreditem que podem também chegar onde estou". Vanda Pororoca.

  • Eu, esitora-chefe do site Conservador News,  também fui homenageada como comunicadora, jornalista que colabora com o desenvolvimento do Estado através da informação que estimula o crescimento e a esperança de dias melhores. 

Um prêmio que vai além do papel

A noite encerrou-se com emoção e gratidão dos homenageados, que ressaltaram a importância de visibilizar trabalhos muitas vezes ignorados.

O Prêmio Embaixadores da 54ª Expofeira mostrou-se mais que uma cerimônia: é uma iniciativa que coloca em evidência pessoas que transformam vidas e contribuem para o desenvolvimento do Amapá, reconhecendo seu valor e multiplicando inspiração para toda a sociedade.

Adriana Garcia

Jornalista na Amazônia

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