Bolsonaristas e conservadores, foram às ruas em Macapá. Presença da Ex-deputada Silvia Waiapi, também vítima de ilegalidades.
Neste 07 de setembro, o povo de Macapá se reuniu em ato patriótico às margens do majestoso Rio Amazonas, na curva do Araxá. O encontro, que começou às 16h, reuniu centenas de pessoas e terminou no início da noite com uma carreata pela Orla da capital amapaense.
A mensagem era clara: anistia já, liberdade aos presos do 8 de janeiro e aos perseguidos políticos como Daniel Silveira, Filipe Martins e o próprio Bolsonaro. O grito de ordem ecoava: “Fora Moraes! Volta Bolsonaro!”.
Na oportunidade, líderes de direita se mobilizaram para adesivar carros com "Fora Moraes e Anistia Já!"
Em um Estado governado pela esquerda, onde grande parte da população é mantida refém de benefícios sociais em troca de votos, o clima de perseguição é forte. Muitos conservadores evitam se expor, temendo perder empregos, contratos, empresas ou até sofrer retaliações no serviço público apenas por se declararem de direita ou bolsonaristas.
Debaixo da Samaúma e às Margens do Rio Amazonas, patriotas gritavam pela liberdade do povo brasileiro.
Mesmo assim, a manifestação ganhou força com um grande buzinaço: motoristas que passavam pelo local demonstraram apoio com acenos e gritos de “Fora Lula, Fora Moraes”. Centenas de veículos também foram adesivados com mensagens diretas contra a censura e em defesa da liberdade.
Ativistas de direita marcaram presença, reforçando solidariedade ao maior líder conservador do país. Para eles, a perseguição a Bolsonaro é a perseguição à maioria do povo brasileiro.
Várias faixas e cartazes diziam que a luta à apartidária, pelo futuro da nação e pela verdadeira democracia.
O patriota Esmaelino, um dos primeiros a chegar, resumiu em sua fala o sentimento da multidão:
“Cumpra a Constituição e deixe meu Brasil ser feliz.”
O professor, geógrafo e advogado Gesiel Oliveira fez um discurso inflamado:
“Não vamos nos curvar à tirania da toga. Agora temos um aliado forte: Donald Trump. Bolsonaro é a principal liderança do Brasil e está sendo calado dentro da própria casa por determinação ilegal. Nossa Constituição está vilipendiada. Chega! O Brasil não aguenta mais tanta injustiça.”
A líder de direita Narcisa Ardasse foi categórica:
“2026 sem Bolsonaro é golpe. Essa farsa já foi desmontada.”
A ex-deputada federal Silvia Wajãpi, que também foi vítima de arbitrariedades, reforçou:
“Nem sol nem chuva nos tiram daqui. É pela liberdade, pela anistia e contra os atos ilegais que desacreditaram a Justiça. O resgate da verdadeira justiça brasileira virá com a anistia a esses inocentes.”
Após o forte calor, a chuva refrescou a cidade e os patriotas seguiram em carreata pela principal via da capital, deixando claro o recado do povo amapaense.
O 07 de setembro do responsável por não pautar o impeachment de Moraes e pelo avanço da tirania do judiciário. Print de imagem nas redes sociais.
Enquanto isso, o senador Davi Alcolumbre — presidente do Congresso Nacional e que poderia ser protagonista nesse processo — preferiu passar o dia em um luxuoso sítio próximo à capital, tietando artistas que vieram se apresentar na Expofeira, evento promovido durante esta semana pelo Governo do Estado, sob a liderança do seu aliado político Clécio Luis. Nas redes sociais, o senador apareceu sorridente, em contraste com a angústia de centenas de famílias que sofrem com perseguição política e com a ausência de direitos básicos de defesa.
Presidente do Congresso Nacional serve na boca do humorista Tirulipa o tradicional açaí com tapioca, em sítio próximo à capital. Print de imagem em redes sociais.
O contraste é gritante: de um lado, o povo nas ruas clamando por liberdade, justiça e respeito à Constituição; de outro, uma elite política, empresarial, judicial, artística e midiática que se diverte, se cala e se mantém no poder às custas da miséria e da opressão de seus próprios irmãos.
Neste 7 de setembro, a lembrança do tradicional Grito da Independência deu lugar ao mais urgente, angustiante e atual Grito de Liberdade do povo brasileiro.
Assista
Adriana Garcia
Jornalista na Amazônia
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