
Dr. Furlan, prefeito de Macapá, agiu em defesa de terceiros e Comissão Processante arquiva denúncia por unanimidade. Foto: Junior Dantas.
Nesta terça-feira, 23 de setembro, a Comissão Processante da Câmara Municipal de Macapá — formada pelos vereadores Alexandre Azevedo (Podemos), Alessandro Monteiro (PDT) e Ruzivan Pontes (Republicanos) — decidiu, por unanimidade, arquivar a denúncia contra o prefeito Dr. Furlan.
O caso, que ganhou repercussão nacional, ficou conhecido como o episódio em que o prefeito teria agredido um jornalista. Diversas emissoras e sites de notícia exibiram apenas um recorte da cena: alguns segundos em que Dr. Furlan imobilizava Iran Froes, suposto cinegrafista que acompanhava o blogueiro Heverson Castro, conhecido por fazer fake news contra o prefeito e perseguir o gestor municipal com perguntas provocativas.

Dr. Furlan reconheceu o apoio da sua esposa, Dra. Rayssa Furlan, da sua base na Câmara e da população. Foto: Junior Dantas
O episódio ocorreu no domingo, 17 de agosto, durante uma agenda de rotina em que o prefeito, secretários e servidores visitavam uma obra. Na ocasião, três homens apareceram de surpresa, e um deles chegou a agredir duas servidoras. Este foi o verdadeiro motivo da reação do prefeito, confirmado pelo relatório final da Polícia Civil que investigou o caso.
Assim, o que inicialmente foi divulgado como “agressão a jornalista no exercício da função”, após as investigações concluídas na quarta-feira seguinte, ficou caracterizado como legítima defesa de terceiros — no caso, duas mulheres que foram alvo da agressão.
Apesar disso, na terça-feira, 19, antes mesmo da conclusão do inquérito policial, o presidente da Câmara, vereador Dalua, instaurou uma comissão processante contra o prefeito, acatando a denúncia de Iran Froes. A votação foi apertada: 12 votos a favor e 10 contra. Naquele dia, a galeria da Câmara estava lotada de apoiadores do prefeito, que protestavam contra o que consideravam uma clara manobra política baseada em narrativa. O vereador Alexandre Azevedo chegou a pedir que Dalua aguardasse a conclusão das investigações antes de abrir a comissão, mas seu apelo foi ignorado.
Os membros da comissão foram definidos por sorteio, com apenas Alexandre Azevedo integrando a base do prefeito. Ainda assim, diante da ausência de provas — e, ao contrário, da confirmação de que a ação do gestor visava proteger duas servidoras — a decisão final foi unânime pelo arquivamento.
Na sessão de instauração da comissão, o presidente Dalua sequer concedeu voz às servidoras envolvidas e chegou a cassar a palavra da vereadora Luana Serrão, que, mesmo sendo do seu partido, declarou apoio à atual gestão. Luana, inclusive, passou a sofrer ameaças de perder o mandato após o episódio.
Durante a semana em que a comissão foi criada, um grupo expressivo de evangélicos e apoiadores do prefeito se reuniu em frente à Prefeitura para orar em favor dele e de sua equipe, pedindo que a verdade prevalecesse.

Médico cardiologista, atleta, além de correr à beira do Rio Amazonas, Dr. Furlan lidera a corrida ao governo, em 2026. Foto Junior Dantas.
Passadas algumas semanas, o desfecho confirmou o que já se esperava: a denúncia, considerada “natimorta”, foi finalmente enterrada.
Dr. Furlan, reconhecido como o prefeito mais bem avaliado do Brasil — reeleito com 85% dos votos válidos e hoje nome forte na corrida ao governo — não interrompeu sua rotina de trabalho em nenhum momento. Após a decisão, comemorou o arquivamento em suas redes sociais:
“Quero agradecer a Deus. Sempre acreditei na justiça. Agradeço a serenidade e o parecer dos vereadores e, sobretudo, à população de Macapá, que me enviou muitas mensagens de apoio neste período tenso, mas que reforçaram a confiança na nossa gestão. É isso que nos faz acordar às 5h da manhã, trabalhar de domingo a domingo para entregar obras e melhorar a qualidade de vida da população. Reafirmo meu compromisso de muito trabalho e empenho para continuar transformando a nossa capital.”
Com o arquivamento, o caso é oficialmente dado como encerrado, e o prefeito segue fortalecido politicamente e respaldado pelo apoio popular.
Adriana Garcia
Jornalista na Amazônia
Colabore e anuncie onde você encontra conteúdo de valor.

