Líderanças de direita se reúnem em Santana. Por um Brasil e um Amapá livres.
Neste domingo, 29 de junho, um grupo representativo da direita amapaense se reuniu para um momento de diálogo, troca de ideias e fortalecimento dos valores conservadores. O encontro ocorreu na residência da presidente do PL Mulher Estadual, Judith Medeiros, no município de Santana. O convite vou aberto e bastante divulgado entre os grupos locais de direita. Apesar do evento coincidir com o jogo do flamengo, uma liderança representativa compareceu.
A anfitriã foi Judith Medeiros, que também é presidente do PL Mulher no Amapá
A proposta central do encontro foi criar um ambiente de escuta e alinhamento, onde divergências fossem tratadas como oportunidade de amadurecimento coletivo. A direita brasileira, cuja essência está enraizada na liberdade, não busca unanimidade, mas sim unidade em torno de princípios comuns. E é nessa direção que o movimento conservador se articula: maior participação em todos os setores da sociedade e adesão cada vez mais consciente às pautas que defendem a vida, a família, a prosperidade econômica e a soberania nacional.
O Influencer Joel Cavalcante falou da sua escolha pela direita, do que perdeu e do que ganhou ao posicionar-se.
O cenário político atual, marcado por uma escalada autoritária e a sensação de ruptura institucional, exige que a sociedade conservadora renove suas esperanças e mantenha-se firme. O Brasil vive, segundo os participantes do encontro, sob uma democracia ferida pela corrupção sistêmica, pela cumplicidade de parte do Judiciário, pela omissão do Legislativo e pelo alinhamento de grandes veículos de comunicação com narrativas hegemônicas. A censura, apontam, tem avançado como um mecanismo de silenciamento das vozes divergentes.
Jessé Oliveira, um dos líderes da direita conservadora no Estado, fala da necessidade de ocupar espaços.
Ainda assim, para quem crê, desistir nunca será uma opção. Com fé, planejamento, correções de rota e novas estratégias, a direita acredita que será possível alcançar os resultados esperados — mesmo que essa jornada leve anos. Há um país inteiro a ser conscientizado, e esse trabalho começa dentro de casa, com a família e os círculos de convivência.
Nana Magalhães, ativista de direita, reforçou a liderança de Bolsonaro no Brasil e de Sílvia Waiapi no Amapá.
Entre os pontos mais discutidos, destacou-se a urgência de promover a educação política popular. É preciso que o povo compreenda como as decisões políticas interferem no seu dia a dia: no preço dos alimentos, no valor da gasolina, na possibilidade de viajar, na segurança pública e até no conteúdo ensinado nas escolas. “Se não quisermos ser escravizados pelo Estado, precisamos estudar, ensinar e discutir política”, reforçaram os presentes. A democracia exige participação ativa e escolhas conscientes — e quando não se escolhe ou se escolhe mal, usa-se a própria democracia contra si.
Mesmo com o jogo do Flamengo, a reunião teve um público qualificado para o diálogo e troca de experiências.
Décadas de distanciamento da política criaram um vácuo ocupado por forças contrárias ao desenvolvimento do país. Romper com esse sistema é difícil, mas necessário. O Brasil, majoritariamente conservador, precisa refletir isso nas suas escolhas eleitorais. Esse é o grande desafio.
Na reunião, houve também um compromisso renovado com as eleições de 2026. Os participantes destacaram a importância de se envolverem não apenas na escolha de cargos executivos, mas também na composição do Legislativo, onde muitas batalhas são travadas. A deputada federal Silvia Waiãpi foi lembrada como um dos grandes nomes da direita no Amapá. Mesmo enfrentando tentativas de silenciamento, ela segue sendo uma voz firme contra os abusos e uma defensora incansável da Amazônia, do povo amapaense e da soberania nacional. Seu mandato é considerado um divisor de águas na representação conservadora da região.
Rosiane Duarte, presidente do PL Mulher em Santana-AP
Além de apoiar quem já está no Parlamento, foi destacada a necessidade de formar novas lideranças locais, maduras e preparadas para atuar tanto em cargos eletivos quanto em outras esferas da sociedade. O conservadorismo precisa ocupar espaços estratégicos e influenciar decisões que impactam o futuro do estado e do país.
Arlene Araújo (Teka Coveira), presidente do PL Mulher Laranjal do Jari - AP
Outro tema importante do encontro foi o acompanhamento da exploração petrolífera no Amapá. Os presentes enfatizaram a necessidade de garantir que os royalties sejam bem administrados e que as empresas gerem empregos e desenvolvimento local. Esse movimento é visto como uma oportunidade histórica de libertação política, em que o povo deixe de votar por necessidade e passe a votar por valores, conscientes de seu papel como pagadores de impostos e cidadãos.
Doriane dos Prazeres, presidente do PL Mulher em Tartarugalzinho-AP
A deputada Silvia Waiãpi, embora não tenha comparecido presencialmente por estar participando da manifestação na Avenida Paulista, foi representada por sua equipe e apoiadores. O evento contou também com a presença de influenciadores digitais, ex-candidatos do PL à vereança e diversas lideranças femininas do PL Mulher. Todos unidos por um mesmo ideal: promover uma grande mudança no Amapá a partir do fortalecimento da consciência política e do engajamento social.
Adriana Garcia
Jornalista na Amazônia
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