
Para a esquerda, o delegado só teria isenção se a decisão lhe favorecesse. Como não foi a seu favor, tentam descredibilizá-lo.
O modus operandi de Brasília se repete em vários estados, e no Amapá — terra de Davi Alcolumbre — isso se mostra ainda mais evidente. Num estado com menos de 1 milhão de habitantes, onde todos se conhecem, grande parte da população vive de benefícios e a economia gira em torno do funcionalismo público, o terreno é fértil para autoritarismo, instrumentalização da Justiça e manipulação da imprensa. Nesse cenário, a esquerda nada de braçada.
Mas surgiu um prefeito pragmático que resolveu trabalhar e abalou as estruturas desse sistema. Dr. Furlan administra bem a capital, que concentra 60% da população, está em seu segundo mandato, foi reeleito com 85% dos votos válidos e lidera as pesquisas para o governo com 65% das intenções — venceria no primeiro turno se a eleição fosse hoje. Essa força eleitoral fez o grupo que teme perder o poder antecipar as baixarias da campanha.
O episódio com Heverson Castro
No último domingo, durante agenda pública, o prefeito e apoiadores foram surpreendidos por Heverson Castro, que se apresenta como jornalista, mas cuja credibilidade é questionada até dentro da categoria. Conhecido por ataques agressivos contra o prefeito e sua família nas redes, Heverson apareceu acompanhado de duas pessoas de Santana, município vizinho, onde ele também mora, o que por si só já levantou suspeitas sobre sua real intenção.
Ele fez uma pergunta sobre suposto atraso em obra, mas, diante da clara má-fé, o prefeito optou por não responder. No mesmo instante, um dos acompanhantes, Iran Fróes, agrediu duas servidoras da Prefeitura. Por impulso, Furlan interveio e imobilizou o agressor. Poucas horas depois, um vídeo editado — mostrando apenas a reação do prefeito — foi espalhado nas redes e transformado em “matéria pronta” pela grande imprensa, acusando Furlan de agredir jornalista em serviço. Nenhuma das dezenas de testemunhas confirmou essa versão, tampouco o relatório da Polícia Civil.
Comunicação milionária e armação política
O atual governo estadual, incomodado com a popularidade inédita de Furlan, investe em comunicação quase tanto quanto em segurança pública. Sua prioridade tem sido construir uma imagem artificial e atacar adversários. A narrativa contra o prefeito se encaixou perfeitamente nesse projeto.
Depois do episódio, prints de grupos de WhatsApp revelaram que a ida de Heverson ao evento foi previamente articulada como “missão” política e midiática. No dia seguinte, o prefeito se pronunciou nas redes, pediu desculpas pelo excesso e explicou que reagiu ao ver servidoras sendo importunadas. O relatório da Polícia Civil confirmou: Furlan agiu em legítima defesa de terceiros, sem causar danos ao agressor.
Mesmo assim, antes da conclusão da investigação, o presidente da Câmara, vereador Dálua, correu para pautar a abertura de processo contra o prefeito. O pedido foi aprovado com os 12 votos necessários, num movimento claramente articulado.
A tentativa de descredibilizar o delegado
Na quarta-feira, 20, a Polícia Civil publicou o relatório final confirmando a versão do prefeito. A partir daí, blogs financiados pelo governo estadual passaram a atacar o delegado responsável, tentando descredibilizá-lo sob a alegação de que teria simpatia política por Furlan.
O vídeo que circula, no entanto, não mostra o contexto completo. O delegado considerou depoimentos e provas adicionais — como é de praxe em qualquer investigação. Ignorar isso seria manipulação. Ainda assim, a esquerda insiste em deslegitimar o relatório apenas porque não confirmou a narrativa que eles venderam à imprensa.
Dois pesos e duas medidas
Essa postura expõe a hipocrisia: quando uma decisão judicial ou policial favorece seus interesses, não há questionamentos sobre isenção. Mas quando contraria a narrativa, acusam de parcialidade. O exemplo mais claro é o ministro Alexandre de Moraes, cujo notório antagonismo a Bolsonaro não os impede de aplaudir suas decisões.
Querem agora que apenas delegados alinhados à oposição investiguem adversários. Quem, afinal, está tentando instrumentalizar instituições?
O clima de medo no funcionalismo
No Amapá, funcionários públicos muitas vezes não se sentem livres para manifestar suas preferências políticas por medo de retaliação. Muitos apoiam Furlan, mas evitam declarar isso publicamente. Essa é a “democracia” seletiva que ainda impera no estado: liberdade apenas para quem apoia o grupo no poder.
É natural que um delegado, como qualquer cidadão, tenha opinião política ou até já tenha elogiado a gestão da cidade em que vive. Isso não o desqualifica para cumprir seu dever com imparcialidade. O concurso público deveria garantir justamente essa estabilidade e liberdade de consciência.
A pressa em condenar o prefeito, a manipulação da imprensa e a tentativa de descredibilizar até o delegado mostram que a armação foi cuidadosamente montada. Para os que ainda defendem a narrativa inicial, a pergunta permanece: se apenas delegados de oposição têm legitimidade para investigar Furlan, quem está de fato tentando manipular a Justiça?
Enquanto isso, a população de Macapá segue reconhecendo no prefeito um gestor que trabalha, rompeu com o sistema e conquistou a confiança da maioria.
Adriana Garcia
Jornalista na Amazônia
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