Mobilização popular ganha força em favor da exploração do petróleo no Amapá
O Movimento Petróleo no Amapá Já, liderado pela ativista social Rozely Martins, esteve, na manhã de hoje, próximo ao local onde a população aguardava o Presidente da República para fazer a cerimônia de transferência de terras da União para o Estado. O objetivo da ação era chamar atenção da população e das autoridades que lá passavam, para esse assunto que deveria ser a prioridade e cujo impedimento do IBAMA para o início da pesquisa, prejudica, de forma cruel, a população do Estado que não tem emprego e renda, sem perspectiva de desenvolvimento social e econômico.
Outros movimentos também aproveitaram a aglomeração para deixarem o seu recado
Também estiveram presentes alguns outros movimentos sociais como representantes da PEC 47/2023, da transposição, os ex-servidores da SUCAM, da PEC 101/2019, e o movimento contra a exploração da empresa Equatorial. Representantes do partido de esquerda, PCO - Partido da Causa Operária - fizeram uma manifestação com sua enorme faixa que continha a mensagem: O PETRÓLEO É NOSSO, em defesa da exploração do petróleo na Margem Equatorial. O movimento popular ganha força e mostra que essa pauta é de todos que desejam o desenvolvimento sócio-econômico da região, independente do seu expectro político.
O evento teve um público restrito e controlado. A maioria dos que tinham acesso eram funcionários do Governo do Estado do Amapá, inclusive usando seus crachás como se estivessem batendo o ponto. Moradores beneficiados com a regularização das terras também puderam entrar. Nas redes sociais, o Presidente da Associação dos Moradores do bairro Parque Aeroportuário, Natanael dos Anjos, fez um desabafo indignado, dizendo que ele não foi convidado e a organização do evento não permitiu que ele entrasse. Segundo ele, o Parque Aeroportuário já havia sido repassado da União para o Estado desde 2014. Ele disse também que enganaram o povo, dizendo que era para pegar os documentos deles, sendo que era para trazer o público para fazer plateia.
Ele não foi o único que ficou de fora. O Vereador de Macapá, Claudiomar Rosa (PT), em áudio vazado como sendo dele que circulou hoje nas redes sociais, ele demonstrou seu descontentamento. Em alguns trechos, ele diz: "Não veio puseira do Palácio, não veio puseira do Senador Randolfe, e nem do PT. Eu, sinceramente, contava que a minha militância fosse, que a minha equipe fosse, e eu me preparei para isso. Mas se é esse trato que está dando com o único vereador de capital do PT, eu não vou, de verdade, bater cabeça. Com todo respeito, nós não vamos, a não ser que, de verdade, tratem a gente com respeito".
No palco, estiveram presentes alguns ministros, bem como o Governador do Amapá, Clécio Luis, o Senador Randolfe Rodrigues e o Presidente do Senado Davi Alcolumbre. Sobre o assunto permissão para a pesquisa e exploração do petróleo na Margem Equatorial, todos foram unânimes em concordar com ela. Mas, como nada acontece de concreto, a impressão que se tem é que o Presidente da República não manda e quem vai continuar determinando é o IBAMA sob a liderança da Ministra Marina Silva. A "lenga-lenga" do governo federal criticada por ele mesmo, pode ter fim, basta que o Presidente faça algo concreto a respeito.
Como de costume, várias falas do atual mandatário repercutiram na internet após o evento. Além do constrangimento que ele causou a uma senhora que não tinha dentes, ele também não disse coisa com coisa. Falou desde ovos das suas setenta emas, até criação de jabuti. Explicou que todos os ovos são iguais e disse que ia abrir um ovo de ema e colocar açaí dentro para ver que gosto tem.
Adriana Garcia
Jornalista na Amazônia