cnews 2506 banner 500x100px
cnews 2506 banner 500x100px

 waiapi mandato

Manobra inconstitucional quer calar a voz de uma mulher, indígena, da Amazônia brasileira.

Até que ponto o indígena tem seu espaço garantido no Brasil? A resposta, infelizmente, ainda depende de muitas variáveis. O indígena pode ser mantido no isolamento, sem cidadania plena, como se essa fosse a única forma legítima de preservar sua cultura — transformado em símbolo exótico, quase decorativo. Pode também ser levado à Europa, financiado por ONGs, e se tornar objeto de estudo — um instrumento a serviço de interesses internacionais. Nesse cenário, sua imagem é explorada para legitimar a intervenção de outros países nos 14% do território nacional ocupados por reservas indígenas, sob o pretexto de "salvar a floresta e os povos originários", enquanto riquezas naturais, medicinais e minerais são sistematicamente saqueadas.

O indígena pode, ainda, ser um cidadão urbano: estudar, trabalhar, pagar impostos e usufruir de todos os direitos e deveres de um brasileiro comum. A única coisa que — ao que parece — um indígena brasileiro não pode ser, é conservador. Não pode ser de direita.

O Brasil assiste, estarrecido, a uma série de atropelos jurídicos protagonizados por instâncias do Poder Judiciário. Uma das mais graves foi a cassação sumária de sete deputados federais, sem crime, sem processo na Comissão de Ética, sem contraditório. Entre eles, três mulheres do Amapá. E entre essas, uma indígena.

waiapi hoje

Sílvia começou a incomodar os globalistas na CPI das ONG's e denunciou a miséria em que vivem os indígenas do seu Estado.

Esses parlamentares foram eleitos em 2022, com votos válidos, debaixo das regras então vigentes. No entanto, em 24 de junho de 2025, o STF decidiu, por maioria, manter a perda dos mandatos, rejeitando o recurso da Câmara dos Deputados, que apontava a clara inconstitucionalidade e o enorme risco de insegurança jurídica.

O que está em curso é a mudança das regras após o fim do jogo. Uma interferência direta no resultado das urnas, favorecendo um espectro político em detrimento de outro. Se a Câmara dos Deputados aceitar passivamente essa decisão, renuncia à sua própria razão de existir. Torna-se irrelevante, substituível pela Suprema Corte, um peso morto para a democracia.

Se nem a legislação eleitoral é mais respeitada e a última palavra vem de um tribunal que atua fora dos limites constitucionais, estamos diante não apenas de um desequilíbrio entre os poderes — mas da anulação pura e simples do Poder Legislativo. A ilegalidade institucionalizada, atendendo interesses partidários, pode se tornar regra. E a democracia, ficção.

waiapi

A Deputada denunciou a atuação de ONG's no Brasil, especialmente na Amazônia. Uma ameaça à nossa soberania.

Essa aberração jurídica envolve sete deputados eleitos, com três anos de mandato prestes a serem completados. Um Judiciário que age como partido político, sem critérios constitucionais claros, não pode se sobrepor à soberania popular expressa nas urnas. Esses mandatos deveriam ser mantidos até o fim, exceto em casos previamente definidos por lei — e não por capricho ou conveniência de poder.

A obediência a uma decisão arbitrária, ilegítima e abertamente política representa o atestado de óbito do Legislativo e compromete seriamente a estabilidade institucional do país. Qualquer parlamentar poderá, a partir de agora, perder seu mandato por pensamento divergente. A jurisprudência da ilegalidade se alastra — é só uma questão de tempo.

waiapi materia

Sílvia denunciou o tráfego de navios russos e venezuelanos em porto de Santana/AP. Ela participa de comissões chaves.

A esquerda, que se diz defensora de mulheres, negros e indígenas, aplaude a cassação do mandato de uma mulher indígena da Amazônia, escancarando sua hipocrisia e incoerência.

E no ano da COP 30, quando 200 líderes globais estarão no Brasil, alegando preocupação com os povos originários e com a floresta amazônica, assistirão de camarote ao silenciamento de uma indígena eleita pelo povo? O que essa mulher tem que tanto incomoda o sistema?

Quem é Silvia Waiãpi?

Silvia Waiãpi foi eleita com votos legítimos pelo povo do Amapá. Tem um currículo sólido, experiência, preparo intelectual, e uma atuação parlamentar que rompe com o estereótipo conveniente do indígena passivo. Sua voz é firme, e seu foco está nas mazelas reais da Amazônia: tráfico de drogas, tráfico humano, tráfico de órgãos, exploração sexual de crianças, violência contra mulheres indígenas. Ela não se limita a discursos românticos ou a causas midiáticas — ela denuncia, investiga e propõe soluções.

waiapi noticia

Waiãpi é a deputada do Amapá melhor avaliada e está entre os melhores parlamentares do Brasil, segundo o Ranking dos Políticos.

Silvia quer dignidade para seu povo: saneamento básico, saúde, educação, liberdade de ir e vir, tecnologia e autonomia. Ela acredita que o indígena pode — e deve — decidir onde quer viver, com cidadania plena. Essa visão destrói as narrativas globalistas que tratam os povos originários como massa de manobra e barreira ao desenvolvimento — mantidos à margem, enquanto suas riquezas são exploradas.

waiapi perseguicao

A deputada amapaense assumiu posições estratégicas e luta para manter o Marco Temporal, contrariando interesses internacionais.

Foi ela quem, na CPI das ONGs, denunciou os abusos sofridos por seu povo. Foi ela quem deu voz às meninas amazônidas exploradas sexualmente em troca de comida. Foi ela quem enfrentou interesses poderosos, nacionais e internacionais. E por isso, está sendo atacada.

Racismo estrutural e perseguição institucional

Silvia tem sido alvo de calúnias e difamações. Desde acusações com provas forjadas de uso indevido de recursos públicos, até tentativas de deslegitimar sua identidade étnica. Criticam o fato de seu nome “Waiãpi” não constar nos documentos — mas ignoram que o mesmo ocorre com outras parlamentares indígenas de esquerda, como Sônia Guajajara e Célia Xakriabá, que nunca foram questionadas por isso.

waiapi silvia

Sônia Guajajara é Ministra dos Povos Indígenas do atual governo e não tem sua ancestralidade questionada.

Qual a diferença entre Silvia, Sônia e Célia? As duas últimas são do PSOL, apoiam o fim do marco temporal, ecoam as pautas da esquerda. Silvia, por outro lado, defende o marco temporal, representa a Câmara nas discussões no STF, e não se curva às narrativas impostas.

waiapi cassacao

Célia é contra o Marco Temporal e de esquerda, alinhada a ONG's. Portanto, segue seu mandato sem perseguição.

Silvia tem lugar de fala — mas não diz o que o sistema quer ouvir. E por isso, precisa ser silenciada. Precisa ser banida. Precisa ser destruída publicamente.

waiapi perda

Por ser indígena de direita, conservadora, teve sua vida privada invadida, foi ameaçada de morte e pode perder o mandato.

A mesma Justiça que exige cotas para mulheres, que pune partidos por candidaturas femininas falsas, ignora a violência de desligar o microfone de uma mulher indígena eleita, por não repetir a cartilha da esquerda. A justiça virou ferramenta de coerção e perseguição ideológica.

Uma voz que não se cala

Silvia propõe um novo caminho: de autonomia, protagonismo e cidadania plena para os povos indígenas. Ela é o rosto da mudança que o sistema não quer ver florescer. E por isso, se tornou alvo. Perigosa por pensar. Perigosa por agir. Perigosa por mostrar que é possível conciliar tradição com modernidade, cultura com progresso, raízes com soberania.

 waiapi outro

Uma indígena que luta como uma verdadeira brasileira pelo desenvolvimento econômico da Amazônia.

Ela é a indígena que estudou, se preparou, e ousou acreditar que também poderia defender a bandeira do Brasil, não como símbolo apenas, mas como cidadã plena em um mandato parlamentar legítimo.

waiapi jornal

Sílvia se recusa a ser subservente e vítima. Ela quer os povos indígenas com cidadania plena e ocupando seus espaços como brasileiros.

Diante da perseguição, anunciou greve de fome, exigindo que o presidente da Câmara, Hugo Mota, leve o caso ao plenário — como determina a lei —, para que os deputados decidam se cumprem seu papel ou se se omitem diante de uma decisão ilegal que atenta contra a democracia.

A história julgará. E o silêncio do Congresso pode ser mais ensurdecedor do que qualquer sentença judicial.

 Adriana Garcia

Jornalista na Amazônia

Anuncie onde você encontra conteúdo de valor

www.palavrasdeadrianagarcia.com

 

prefeitura_macapa_2
prefeitura_macapa_1